DABAR
ARQUEOLOGIA

Neste capítulo inicial,

Mark Smith nos introduz o livro de Gênesis -- essa obra monumental da literatura, fundamental na formação da civilização ocidental -- destacando sua estrutura literária, sua história composicional e seu contexto cultural, social, político e religioso.

Os modos pelos quais a Arqueologia pode contribuir para a compreensão dos textos bíblicos são aqui discutidos por Liz Bloch-Smith, a partir da confrontação do relato da destruição da torre de Siquém, em Juízes 9, e a Arqueologia dessa antiga cidade.

As diversas formas de tratamento do corpo após a morte são aqui considerados por Camila Souza, como meio de se conhecer as crenças dos povos que viveram na bacia do Mediterrâneo, mormente na Grécia, mas também em várias partes do Oriente Médio, durante o período bíblico.

As glamorosas escavações arqueológicas realizadas em Khirbet Qeiyafa, Israel, que trouxeram à luz a única cidade até agora descoberta provavelmente pertencente ao Rei Davi (Séc. X a.C.), são discutidas neste capítulo pelo diretor das escavações, Yossi Garfinkel.

Neste capítulo, Jorge Fabbro considera como a prática de marcar as alças de grandes vasos cerâmicos, no Reino de Judá, pode ajudar a compreender os dramáticos e impressionantes relatos bíblicos sobre a invasão dos assírios, liderados por Senaqueribe, na época do Rei Ezequias (Séc. VIII a.C).

Ahmad Serieh apresenta aqui as descobertas arqueológicas que revelam a dinâmica social que deu origem, no Terceiro Milênio a.C., à formação das primeiras cidades da Mesopotâmia -- as primeiras do mundo -- região de origem do patriarca Abraão.

As práticas funerárias do Antigo Egito, com foco nas estatuetas shabits do Novo Império -- época em que a cronologia bíblica situa Moisés e o Êxodo -- são estudadas, neste capítulo, por Cintia Gama-Rolland, como evidência dos estratos e dinâmica sociais que existiam nessa época.

Os famosos navegadores fenícios, agentes das relações entre os povos do Antigo Oriente Médio e principais responsáveis pelo aperfeiçoamento e difusão do alfabeto, referidos várias vezes nos textos bíblicos, são apresentados por Maria Cristina Kormikiari neste capítulo.

A intrigante inscrição geralmente atribuída a Sebna, administrador real do rei Ezequias (Séc. VIII a.C), mencionado em várias passagens bíblicas, é traduzida e detalhadamente discutida neste capítulo por Élcio Mendonça, que aproveita o ensejo para introduzir o leitor à ciência da epigrafia.

Com base nas informações providas por Josefus e pela Arqueologia, Vagner Porto nos leva, neste capítulo, a visitar as duas principais cidades da Galileia nos dias de Jesus -- Séforis e Tiberíades -- ajudando-nos a entender o contexto em que grassou a igreja cristã e foi fundada a civilização ocidental.